domingo, 4 de julho de 2021

Um domingo frio

 Não sei pedir benção, não fui criado assim, mas minha vida é aqui, preciso me adaptar. Minha vó me pede, faço, sem saber. Meu vô me fala e tento saber o que isso tudo quer dizer, não é sermão, é a realidade, sem chance de viver sem isso. Ninguém é mais que ninguém, já diziam eles. Mas jamais sabia disso, eu não tava nem ai. Se liga moleque! Velorios, tristezas e armas rolaram muito, na infancia, na adolescência. Mas não quero falar disso, quero falar de coisas boas, porém, não encontro. Vou procurar, mas não to achando. Tudo vai melhorar.

Parece distante, mas foi logo ali, tiros, mortos, muda de assunto, mas é a realidade, de nós, da minha vida. Enquanto a sua passa bem longe. Eu sei, mas não tem como mudar,

Choro, correria, mal sabem o que eu passei,  porém mesmo sendo a chance minima eu tento explicar, pra quem lê, pra quem vê. Já não sei mais, pode parecer um pesado, mas quero acordae. Um luto, que nem a cruz explica.

A loucura de tudo isso, porque parece mentira, mas vivemos o mesmo todos os dias. Branco, preto, mesma coisa, aqui, No fundão, na magrela, dá mesma, queremos vencer, mas nem todos conseguirão. O cotidiano é duro e a ambição faz parte de nós.

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