sábado, 12 de outubro de 2024

O sufoco de um cotidiano que não acaba nunca

 Eu não estaria aqui senão fosse pelo dia seguinte que espero todo dia. Uma neblina que nem sei de onde vem. O desastre em que me chamo. Por vezes tento me enganar, escrever, gritar, mas e se eu cair? Quem vai limpar meus liquidos? Duvido que haja.

O copo que tava meio cheio a decádas, volta a encher, afinal, não há como esvaziar, quebrar ja não é uma possibilidade. Mas nem lembro do seu nome. São varios nomes que preciso chamar, gritar. Só me resta dar um nome só.

As ruas estão diferentes, porque não ando mais. E sem ninguém de familia, penso que nem existo pro mundo. As vezes acho que sirvo pra algo, por vezes vejo sorrisos e acho que é pra mim. Não sei. percebo que nem sobrou o nome de quem escutava.

Imagino um futuro utopico, onde a dor não existe dentro de mim, acordo e vejo que realmente estou sonhando, cantando por motivos banais. Consigo fazer a diferença. Mas pra quem? Prefiro que seja pra ti, pois pra mim ja não faz nenhuma diferença;

A neblina se dissipa e eu to cansando de ficar rindo sem querer, cansei de não falar quando eu só quero gritar.

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