quinta-feira, 17 de abril de 2025

Obrigado por nada

 O desastre em agir sem pensar, algo concreto transformado em cinzas diante esse fogo que se forma em torno de mim. Nunca me achei competente o suficiente, nunca me achei lógico o suficiente, para me entender, para me fazer entender.

Eu to as ordens, sempre obedecendo, o mundo, a ti, o capitalismo tardio que chegaste devastando um mundo já quebrado. Em delírios moveis, em calças jeans, imaginando como seria um dia de paz. Não houve.

Um concreto, me encontrou com sua furia, reto, em branco, soco profundo e ardente. Me meti numa onda de esquecer tudo isso. Já nem posso mais fazer isso, já que o sangue não para de jorrar. A dor de não poder comer, o odor de não estar com a consciência limpa, quero acabar com tudo e não consigo. 

Me deixe nesse canto, me deixe sorrir das poucas coisas que vejo, pois a visão já está turva, está chegando minha hora, vou dormir depois de tanto tempo e obrigado por nada.

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quinta-feira, 10 de abril de 2025

Sem intenção de falar

 Não me faça querer suportar, se todos vocês estão tirando dinheiro não sei de onde, por favor me explica, porque não sei qual a explicação. São imoveis, carros, lapis de cor. Queria acreditar numa igualdade, mentiram pra mim quando criança.

Fingir ser quem não sou, quem não somos, bairros decadentes, ruas na contramão, luzes erradas, tudo errado mas as fotos estão lindas, a propria negação. Não me faça querer duvidar de mim proprio, já faço isso ao acordar. Subo escadas, olho no espelho e nem sei o que dizer.

Saio de casa, passeios com cães e tento dizer que estou melhor. Escrevo frases que nem fazem sentido pra mim. Mas é parte de uma escolha que se faz nesse segundo antes do fim. Queria voltar algumas coisas, nossa distancia que não faz sentido, um exemplo inutil de se dizer.

Parar de ter pressa, sem mais piadas sobre frases do cotidiano, vai ver esse é meu destino, escolher destinos sob um copo, olhares sobre um mundo distante de mim, de nós.

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sábado, 5 de abril de 2025

Agora vou odiar de verdade

 Mais um dia, mas hoje não é mais um dia, troco pela noite, converso comigo e vejo o quanto ja senti, ja vivi. Vou fazer.

Estou a procura de um lugar que não vá me ferir tanto, porque vou pro combate. Enquanto você mantém sua utopia em loucuras em formas de palavras. Vou agir.

Muito obrigado a mecenas que te sustenta todos os dias, só me mostra que todo verme precisa parasitar em carne podre. Eis que já me disseram, ninguém dali presta. E quanto você tem pra comprar o mundo? Será o bastante? Vou negar.

Quem sabe mais um soco nesse monte de vidro, quem sabe a cabeçada na parede não resolva. Outros goles, e nada acontece sem esse ódio explodir. Deixa eu te explicar uma coisa, eu venci, só você não sabe.

Na real você sabe o final disso, sua cara no chão, e eu cuspindo todo esse sangue que me fez sangrar na sua cara. Nada acontece depois do riff, você não vai escutar, sua visão vai ficar turva. Não adianta chorar. Vou continuar.

Um dia me disse que teria medo que eu te odiasse. Pois agora abri a caixa do ódio, vou mostrar o que é violencia de verdade, seja com soco, seja com palavras para matar, matar por dentro, extrair de tudo podre que voce tem e sorrir sob seu cadáver. Sou estou começando.

Depois de perder o ambar, vai perder os dentes, quem sorriu por ultimo? Não terá um segundo de paz, o mundo me tirou tudo e eu vou tirar tudo de você. A morte não será o bastante para o seu sofrimento. Eu já venci.

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