quinta-feira, 17 de abril de 2025

Obrigado por nada

 O desastre em agir sem pensar, algo concreto transformado em cinzas diante esse fogo que se forma em torno de mim. Nunca me achei competente o suficiente, nunca me achei lógico o suficiente, para me entender, para me fazer entender.

Eu to as ordens, sempre obedecendo, o mundo, a ti, o capitalismo tardio que chegaste devastando um mundo já quebrado. Em delírios moveis, em calças jeans, imaginando como seria um dia de paz. Não houve.

Um concreto, me encontrou com sua furia, reto, em branco, soco profundo e ardente. Me meti numa onda de esquecer tudo isso. Já nem posso mais fazer isso, já que o sangue não para de jorrar. A dor de não poder comer, o odor de não estar com a consciência limpa, quero acabar com tudo e não consigo. 

Me deixe nesse canto, me deixe sorrir das poucas coisas que vejo, pois a visão já está turva, está chegando minha hora, vou dormir depois de tanto tempo e obrigado por nada.

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