quarta-feira, 10 de agosto de 2016

O momento que finalmente a corda sobre o pescoço é esquecida.

Túmulos incontatáveis de pedra, largados, esquecidos em anos de soberba. Quando a angústia então viraria indiferença. 
O cinza fora pintado, colorindo um vida de alegrias. Cegueira momentânea, era mais fácil dormir do que enxergar o que não se quer.
Velocidades de estradas estáticas, subindo para o desconhecido, ou simplesmente para sofrer todos os pesadelos de meses silenciosos.
Possivelmente poderia apenas não importar, mas a vontade em apontar uma arma em direção a cabeça era muito mais viável nesse momento.
Eclodem duvidas sobre o que fazer, fielmente falo sobre o amanhã, esqueço o hoje. Chove lá fora.
Treino em ser, não me deixam viver, dúvidas ficam aqui. Bilhetes não fazem mais brilhar um olhar opaco.
Uma alma que insiste em não se doar, se entregar, pena em assombrar. Engatilhar.
Posição sobre o sol, sombra invisível. Apontar.
Mensagem de adeus. Hesitar.
Quando vejo oportunidades, quando finalmente os olhos clareiam o mundo, percebemos sermos capazes do impossível. Aprendendo a andar de novo, descer a velha estrada de sentimentos e notar que o colorido não foi pintado, mas que você mesmo pintou. De novo e de novo chega sua vez de decidir, pensa e pense e si. 
Quando a arma sob sua cabeça está abaixando aos poucos, a percepção do problema começa a ser simples. Não é a arma, mas sim essa corda que finalmente tiro do pescoço, largo e deixo viver.
Singularidades em texto, intensidade e eu me deixo. Sorrir.

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