sexta-feira, 14 de abril de 2017

2.16

Quem sabe você saiba de tudo que passou por aqui. Não te julgo por discordar, por as vezes julgar também. Quem é que sabe.
Nuvens cinzas completam o céu, meu ar. 
Não tenho muito pra mostrar, alguns dizem ter muito. Muitos apenas leem e interpretam como se deve. 
Mares profundos, e vejo de canto um outro lado de possibilidades, arrogância e mais um respirar.
Foram os goles mais amargos, os sorrisos mais falsos e ninguém ao lado. Socos na areia, incompleto e morrendo aos poucos, matando uma alma que cansou de sofrer.
O problema não é seu, nem de ninguém, trancado e calado. Melhor assim. Sem incomodar, o prazer na toxina que é viver. 
Proteção minima contra o furacão, a dor já parece não incomodar. Mas está tudo bem, parece estar tudo bem.
Nuvens negras tomam o céu, falta meu ar.
Festas, ignorar, esgoto a céu aberto e fingir que ta tudo normal. Você deveria olhar pra si mesmo e enxergar.
Já não importa quantos abraços, sempre o mesmo. O desespero em não saber, a certeza em ter o que fazer.
Muitos não entenderiam, outros só julgariam, mas um dia direi como a história terminará. 
Se além de tudo isso fica o aprendizado, não sei, você um dia quem sabe. E um dia quem sabe, eu te conto. 

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