segunda-feira, 23 de novembro de 2020

Ação entre duvidas e certezas de um querer.

 Me mate!

Não, não da forma convencional. me até até sangrar, melhor não. Acostumei de tanta porrada interna que tomei. Arrume alternativas de arranhar o que não está machucado.

Me mate! E enterre comigo, a magoa, o choro silencioso e a solidão de todos os dias. A escuridão que me persegue, me afaga, me agrada onde machuca ainda mais.

Me mate! mire diante dos meus olhos, fundo de cansaço, já opacos, nos dias de sol, quero esconde-los. 

Me mate! Corra diante mim, a mais de cem por hora, bata mais forte que palavras que foram jogadas em mim, na rua, em sua plena casa.

Me mate! Tire de mim o bem mais precioso que tenho, um copo gelado, amargor de tanta dor, que sinto, ontem, hoje. Onde for

Me mate! Onde já não sei o que é ficção ou ação do tempo, gelada como gritos, e eu berro por amor, mas nunca teremos, o nada permanecerá.

Me mate ou só me enterre, afinal, já estou morto, ao menos, por dentro.

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