sexta-feira, 2 de junho de 2017

Águas salgadas

Em um jogo sem fim, diante a melancolia passada, o sorriso de um presente tão gostoso quanto o vento de inverno. Solitário em palavras minuciosas, transparente, não precisa saber de mais nada. Viver basta.
Uma miragem em toda minha insegurança que já não cabe em um copo. Você não tem a respostas, diferentes caminhos, não basta. Hoje não basta seguir, corremos entre sorrisos. Basta viver.
Conheci a escuridão dentro de palavras, sangrei em lugares em que ninguém jamais ousou em pisar. Sobrevivi.
Diante rios, curvas sem donos, esquinas de esquecimentos, descemos outra ladeira de uma nova dimensão, incorporados no amargo do café. Já não te ouço, de outra forma e dizer, negarei então a existência, mesmo me fazendo crescer tanto nessa cidade. Modificar.
Consequências de leituras oblíquas, ideias que me formaram quem hoje sou, o bastante para viver outra fase.
Se só o amor nos salva, me de a mão, veja o nosso tempo se transformando em energia. Sem medo, sem remédios, só ondas quebrando, geladas e salgadas. Fugas em que me perdi, caminhos que me deixei perder.
E eu jurava que meses demoravam anos, diante promessas invisíveis. E a cada passo, tudo voa, inclusive o tempo. A cada passo vejo que um sorriso já me basta, pra viver.

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