terça-feira, 11 de julho de 2017

Anne

Questionamento rotineiros, ilusões constantes, liberdade nos olhares mais puros que se possa sentir.
Sorrisos abertos, a brisa do mar em caminhadas sob essa areia macia que nos conforta.
Intensidade a flor da pele, hoje não vai acontecer nada de ruim.
Sol, luz, energia, forças diárias para me fazer acreditar que ficará tudo bem.
Ilusório, em instante tudo desaba tão forte quanto fecho os olhos. O preço de respirar, da dor, da sensação de querer saber, o fim ainda não está próximo.
Para onde estamos indo? Afinal de contas, para onde você me levou? Um desconhecido que me faz temer a falta de seus braços. Um beijo jamais terminado e tudo desaba como meus joelhos cansados dessa queda maldita.
Um buraco sem fim, um calabouço escuro e frio onde minha alma já pena em pensar em ti. Sem sombras, sem você.
Descubro que dentro de toda as adversidades posso levantar e seguir. Que por mais que doa, também renova. Revigora.
Aprendi a respirar de novo, a enxergar minha própria sombra e seguir. Caminhar nem sempre é fácil sem muletas, andar sem sua mão. Continuamos a viver.
Se hoje tiraste de mim antigo meu brilho, se mesmo assim as ondas circulam águas de sangue, que ao menos levem de lição que nada disso pode ser em vão. Temos que seguir.
E depois da morte, se nada ficar, que ao menos minhas palavras nestes papeis antigos e manchados, sejam eternas. Que ao menos essa eternidade alcance alguém.

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