domingo, 26 de novembro de 2017

Algum dia em junho

Ainda existe muita dor aqui. Sangue jorra e ninguém vê. Tensões, não escuto nada mais.
Onde me encontro? Não consigo decifrar. Mudanças pelo alto, são tão imperfeitos.
Somos distantes, opostos, sem se misturar. Encontramos a solução, uma saída para tudo.
Difícil aceitar, caminhar entre pedras. Afiadas, sangue é visto de longe. Talvez seja a solução ideal.
Somos imperfeitos demais para acreditar.
Ventos mudam, distancias não. Veracidades em alma, olhos que já não acreditam mais nisso.
Me leve daqui, me leve para casa. Onde tudo é confortante, não tenho onde ficar. Chovendo e por aqui nada de novo.
Se chego mais perto, me afasto, se fico mais alto, encolho tamanho medo. Aquela música já não tem sentido algum. 
Talvez a dor não vai passar. O sangue, aqui, de novo em mim. Todo o amor não se esvai, e ninguém aqui vai dizer que nunca irá acabar.
Constante mas já não tão intensa, a respiração. Quietude por volta desses canais. 
Entre paredes, não me acho. Não vejo mais aquela cidade como antes, ficou tudo pra trás. Queria apenas que esse sangue se estancasse. Queria que a dor passasse. Acostumei.

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