domingo, 19 de novembro de 2017

Nada disso importa

Tão longe o quanto. Nem sinto mais. Pouco espaço, poucas palavras para sentir. Inconstante demais.
Sigo em frente, sem saber o que pensar. Estradas sem fim. Caminhos desertos, incertos.
Passo a passo a fim de levarmos uma vida e ainda assim não ter resposta alguma. Se ao menos tivesse um jeito de esquecer. A dor é constante.
Precisa ser assim para que pare. A chuva torna tudo mais esquisito. Aqui, recomeçar o fim que criei.
Cada vez fico mais longe, de mim. E sem saber, pareço não sentir mais nada.
Podia ter mais tempo. Podia ter menos sono. Sem conseguir acordar, nem mesmo quando lembro de sorrisos sinceros vindos de ti. Inconstante somos.
Ansiedade consome, turbilhão de ar, me falta. O mesmo do mesmo. A luz se apaga e nada chega ao fim.
E nada vai fazer apagar, um eu. Por dias, incontáveis as vezes que pensei em desistir. Está tudo bem.
Não aqui dentro. Em elos destruídos, em filmes construídos. Folhas se vão.
Digo estar errado, faço a questão. Inconstante é a mente.
Agora, longe demais para voltar a trás, dentro da garganta e os olhos por fim de fecharam. Certas palavras não descrevem o quão constante é o medo em acordar.

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