sábado, 9 de dezembro de 2023

Potenciais distintos

 Minhas memórias vão estar guardadas em cadernos cheio de gorduras, mofos, lembranças e a infelicidade de não ter incendiado tudo. Mas as memórias vão comigo. Ninguém vai saber se é verdade, se for, uma arma na minha mão, como um tiro certeiro na história da minha vida. Poderia ter sido na minha cabeça. E quando eu cuspo enquanto falo, digo que o ódio ta travado na minha lingua, na saliva que destila o que deve ser falado.

Um click a mais, outros goles a menos, vamos voando sobre o paraíso que criamos somente para nós. Ninguém deve saber. Mas tenho medo de não me importar demais com essa zona de não me importar. Deixe estar, me deixe em casa, porque eu tenho medo dessa chuva.

Os chutes que escutei da minha porta me afastam de ver o que acontece. Mais uma arvore, e eu não me importo. Só estou falando. 

Na minha cabeça ficara memórias, e será que te importarás? Em uma biografia manchada de bilis, de sangue e raiva. Apenas dizendo, fique longe, eu avisei! Ontem eu estava feliz, hoje não mais, não tenho você perto, em nenhum dos meus dias, Nem velas pra um suposto deus. 

E a solidão me conforta, me machuca, me excita, mas me encontro nela e ta tudo bem. Nada mais me abala, nem no mundo, nem dentro da minha memória. Tudo está definhando, 

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