terça-feira, 19 de julho de 2016

Dez horas

Lua cheia, as ondas quebram violentamente sob olhares que queriam estar um pouco mais longe. Longe de meus olhares, parece gritar, entre a escuridão submersa penso em você. Inevitável.
Respiração profunda, e tudo que eu mais queria era voltar os dias que riamos de nada, do nada. Percebemos que seria muito mais fácil ignorar, esperar, continuar o que nunca deveria ter sido interrompido. Doses a mais, dias a menos.
Longe de tudo, permaneço sobre as nuvens, perto do sol observo o nada, alívio.
Cabisbaixo, andando contra o vento, e parece que o tempo insiste em parar aqui.
Tropeço em degraus diastante, e parece que você insiste em parar em mim.
Antes de mais nada, abro os braços, revigoro lembranças e de longe, quero chegar mais perto. Afinal, sabemos que essa dúvida é uma certeza camuflada. Deixe estar.

0 comentários:

Postar um comentário