sábado, 9 de julho de 2016

Marcas do cotidiano.

Forte como uma droga que dilacera sua víscera, que amarga sua língua e destrói sua alma. Oculto como seu coração impossível de compreender, até onde sua confusão irá afetar alguém que tem a certeza de estar fazendo o certo.
As dificuldades são medidas em posições de ataque, fugir nunca é a solução, mente confusa pode-se distrair de um objetivo em comum, ser feliz.
Parece que nossos olhos não se desgrudaram, parece que as palavras nunca faltaram, e os abraços eternos são separados diante o amargor de seu pensar. Nunca mais.
Vomite solidão, capacho de uma noite que jamais deveria ter começado, brincar porque?
Ontem era um sim, hoje nunca mais.
Te prometi um sorriso, te entreguei meu mundo, Rasga agora minha alma como se muda a cor da unha. Distorce ações como se fosse tão fácil quanto engolir a seco. Parece não mudar.
Duas vidas, diversos destinos mas uma escolha errada. Nunca mais.
A dor não supre os batimentos acelerados de um coração partido, o brilho agora já não é constatado como sempre fora. Motivos banais, colaterais. Onde ontem era a certeza, hoje um não.
Não querer acreditar em uma mentira, forçado a enxergar que tudo poderia ser diferente, então brincou porque?
A estrada que era tirada como um alivio, hoje assombra o céu, os olhos. Te ver sorrindo e não saber, te ver chorando e não compreender. Insegurança passada de hora em hora em despertares obsoletos.
O futuro esteve ali, ao alcance de mãos que tiveram pra ti um tamanho sem igual, e faria tudo de novo para estar ali. Mas não.
Uma vida cinza, colorida com aquarela fácil de sair em água. Correr é mais rápido, seguro e frio.
Ontem era um sim, hoje nunca mais.
Normalidades encontradas e podes de vidros, frágeis e nem tão certas para outrora, difícil explicar. Confusão de mentes, covardia de atitudes, e parecia ser tão mais simples. Ainda penso.
Palavras sujas ditas da boca pra fora e com a convicção de escrever sob aquela rosa novamente sempre irá pairar a atmosfera. Afinal de contas, cada dia tem um horário diferente e ao menos, diante desses óculos, exergo um sorriso sincero pra mim.

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