sexta-feira, 1 de julho de 2016

Uma única noite, um último boa noite.

Sorrisos de lado, abraços apertados, o que falta é o ar que tanto precisamos.
Onde escutamos risos, vemos choros e depressão. Onde está as nuvens que estavam aqui até ontem pela manhã. Você lembra da última noite em que fomos felizes?
Remédios em adequados horários, me poupe tempo, apenas me leve logo para longe disso tudo.
Longa jornada, entre goles e lagrimas parecemos não entender o que está de fronte nossos narizes, mas é tão difícil concentrar em um só, é difícil deixar passar.  
Uma luz que não se apaga, a lua que insiste em ficar em cima desse olhar. Verdes, frutas ou arvores, esperança ou simplesmente você.
Entre fogo e cansaço, os lençóis que não mentem, fingem engolir o que um dia fostes real. 
Mas os remédios que insistem que mentir para os pensamentos cotidianos não deixam mais para trás, pilulas amargas, ingratas que ainda vão acabar com tudo isso.
Agonia, suspiros e desesperos, até onde vão parar? As vezes é mais fácil fingir que estamos vivos, mesmo com os olhares distantes, apenas sorrir.
Vagar em nevoas brancas, escuras, invisíveis, onde os mais altos egos se tornam obscuros. Esqueci seu nome.
Não consigo mais ver nossos sonhos, o futuro que planejamos no mais simples estacionamento em concreto. Não posso mais te ouvir.
Tentativas frustadas, mentiras lavadas em semanas que era melhor deixar pra lá, mas então me diga, por que diabos, somos tão próximos?  Conexão de sentimentos impossível de descrever.
Se é para ser assim, deixe então apenas meus remédios acabar com tudo isso, acabar comigo, com a minha alma. E então talvez alcançar a paz necessária, para nós.
Chorar agora não vai ajudar mais nada, já que a decisão fora tomada. Um último adeus, nossa última noite. 
Sinto que o sono está chegando, satisfatório tanto o quanto o velho copo cheio. Obrigado por viver isso junto a mim. Boa noite.

0 comentários:

Postar um comentário