segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Distancia absoluta.

Abrindo os olhos para um novo dia e o velho espirito que não quer sair de você. Mais claro está a cada olhar, para a mesma parede que costumava ficar, a sombra de você.
Subjugo meu cotidiano indefeso, onde cada hora machuca como tiros em meu peito. Amanhã vai ser melhor, definitivamente.
Meses sem contato, um estrago sem tamanho, o normal já não é tão estranho.
Não me cobre assim, vai passar e enfim, seguir.
Noites vazias e em filmes a nostalgia bate como aquela chuva de fim de tarde. As portas já não se abrem tão fácil como antes. E todos não acreditam mais, negam. Me fez jovem, me amadureceu em milênios, no silencio, o alivio. 
Escondo o que era nítido para o mundo, melhor assim, melhor sem saber. Cansado e atordoado os olhos vão se fechando de acordo cada gota escorrida em meu copo.
Já não me cobro assim, dia após dia, sobrevivo enfim. 

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