sábado, 1 de outubro de 2016

Como se não existisse mais.

Não vim aqui para questionar nada que venha do amanhã, para nós já basta essa arma apontada sobre nossas cabeças. Eu sei, minha mente já se foi a algum tempo, hoje não consigo nem ao menos respirar. 
Onde enxergo uma luz, percebo outra, outra vez apagando em mim, dentro de mim. Tão delicada, que até mesmo sangro as vezes. Vozes que perturbam meu amanhecer, não me deixam viver nesse cubículo incerto que foi ontem. 
No ar, ficar assim, sem ar. 
Vou deixar bem claro dessa vez, direi em notas abertas sob o céu, um adeus definitivo para o além apagar o ontem. Sereno, inquieto, sublime e por que não dizer, lindo de se esquecer.
Não falei que seria fácil, mas passou, o que me disse, falhou. E esse fogo hoje então não mais existe, e se você me permite dizer, nunca houve, agora eu sei. 
Somente hoje percebi que esse molde que criei, de plástico, como seus sorrisos, não bastou de moldes a maioria desse tempo.  
Largando de um vicio para enfim, conseguir seguir e caminhar. Sem medo.

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