quinta-feira, 30 de dezembro de 2021

Um pouco de ar e muita lama

 Chama minha atenção quando seu sorriso emplaca entre o balanço da agua, some, desaparece num vulto de desespero. Não espero mais ter aquilo que não mereço. Um desastre, um suplico ou talvez um último respiro.

Nem sei mais como se chama, em meio de vários furacões, no centro da podridão que chamamos de vida, vivemos, cavando o fundo entre vermes e sangue. E é tão real que chega a sustar o tamanho do inferno que vivemos, que o meu cotidiano de traz. Pode apostar minha presença nunca será bem vinda aqui e eu sei. Tento esnobar, tendo fugir, mas como um imã, permaneço.

Cuspo, xingo, caio, falho. Até por vezes achei que ia dar certo, nunca consegui ao menos sorrir. E sorrir de verdade, gargalhar, uma mentira que nem sei a fonte. E mesmo que sabendo que não me sobrará nada, ainda tento faz algo de importante, não que importe, é a rotina, é o habito. Sujo.

Tranco a porta e é isso, ninguém mais entra, ouvirão gritos e quedas, tudo está no seu mais perfeito normal. O linear quer dizer que acabou, eu ao menos, espero que hoje acabe.

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