domingo, 12 de dezembro de 2021

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 Não sei da onde vem tanto sono, não sei porque ainda insisto em acordar. Me afasto do que é meu, me saboto o dia todo. O que tinha em meu bolso foi jogado ao vento, ao alento, tentei mudar mas nunca consegui, principalmente nunca consegui esquecer de onde veio tudo isso.

Vou me lembrar de todos seus sorrisos e mesmo sem querer, sem entender, um punhal me pega todas as noites, aquelas mesmas, solitárias. E quando foi que você decidiu que tudo isso valeria a pena?

Não sei de onde vim, nem ao menos sei para onde vou. Ah sim, o clichê, mas o copo esvaziou e nem ao mesmo lembrei de mim. Nem por um momento. O cotidiano anda me matando todos os dias, eu não enxergo as cores, tudo preto e branco, sempre tudo igual. 

Devolva tudo o que eu joguei no lixo, por nós, cada palavra que falei para mim mesmo. Só depende de mim e é isso que eu nem sei como foi virar essa bola de neve. Talvez seja por isso engulo tanto remédio, talvez seja daí que venha o sono. Ao acordar eu te falo.

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