Calçada de pedra
É bom saber que meus olhos se cansaram de tanta arrogância, não sei onde vai parar.
Mas a vontade é grande para se desculpar, e o tempo reservou para nós uma incógnita e nossas mãos simplesmente está ali estendida.
Sua teimosia queima em brasa e ninguém vai notar esses mínimos detalhes em que os ponteiros insistem em passar devagar.
Ninguém pode me ajudar a não ser o silencio, a dor.
Já sem folego não posso mais correr atrás, sobra a razão, falta a antiga ilusão de te ter.
Pouco a pouco o ar se esvazia, e as pedras não me fazem mais tropeçar. Fico assim então.
Deveria ter aprendido, mas não.
São dias passando, estações voando, mas sei em qual vou parar. E infelizmente as ruas imperiais não ficam tão coloridas assim como setembro.
Queria ser mais teórico, mas não sou eu quem respondo, só o tempo. Chega a ser cruel.
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