terça-feira, 24 de maio de 2016

De trás deste sorriso, crueldade.

Foram longos percursos, choros e desarmes que por um jogo de coincidências curtimos o infinito.
Os gritos por muitas vezes nos fizeram enxergar a sombra de algo maior. De algo intenso.
Vejo no horizonte palavras distintas, que se completam dentro de um abraço.
Hoje o caminho do corredor é distante, ontem o que era a chegada de um avião, se tornou a partida de sonhos, pelos ares.
Cotidiano em álcool, forte que nem mesmo um tapa na cara te acordaria.
Mudar o curso, te dar o mundo, não bastou.
Sempre o singular permanece sobre esses copos que insistem em não secar, secou.
São letras solitárias, números ímpares e eu sempre sozinho.
Busquei o nós, encontrei somente o 'eu' e como uma piada, não era eu.
Coragem para esfriar, petrificado então resolver ouvir, escutei o som de labaredas estranhas. No cômodo do inferno.
Triste é ver como algo lindo se tornou nublado, cinza a alma esvaiu, com chuva o céu assim ficou, morreu.
Fico então ludibriado por essas falsas palavras, abismado com esse tão cruel sorriso. Tudo feito de papel.
Aqui no peito a alma puxa o irritante cigarro, fumaças consome o espirito, algo então tem que mudar.
Jamais pensei que a mais bonitas das rosas me ferisse, e esse duro espinho assassinasse um coração inocente.
Noite fria de uma viagem de desencontros, outro Estado, outras mentes e assim fugiu.
Tento então fazer-te entender, em vão. Te ofereço a mão, um não. Ofereço todo um amor, obtenho o chão.
Sangrar sob olhares angustiados de quem já chorou, se perder na estrada pode ser o atalho para então, nunca mais encontrar o rumo que naquele dia se desejou para todo um infinito.
Foram sim, longos percursos, e todas as coincidências de curtidas, se apagaram pode de trás deste teu sorriso que ocultamente, escondeu a crueldade que mata a alma de um inocente.
Esquecer-te-ei.

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